Anorexia

Conversámos com a nutricionista Bárbara Oliveira sobre a anorexia. Este transtorno alimentar e nervoso é causado por uma perturbação da imagem corporal, cujo diagnóstico é feito pelo médico de família, por um psiquiatra ou outro médico que, posteriormente, direciona o doente para um nutricionista. Estes doentes apresentam o desejo de emagrecer e por vezes a linha entre a extrema magreza e a anorexia é pouco clara, mas os riscos da doença são reais. Mas há o que fazer, tanto na sua recuperação como na prevenção.

 As pessoas com anorexia comem muito pouco e entre os primeiros riscos estão baixos níveis de energia e infeções, por estarem mais fracas. No caso das mulheres, podem sofrer de amenorreia, ou ausência de menstruação, e posteriormente osteoporose. Entretanto, todos estes problemas de subnutrição podem levar à morte, mas não nos podemos esquecer dos fatores psicológicos e a falta de autoestima que estes doentes sentem.

São situações de elevada complexidade, porque, nos limites da magreza “uma pessoa que tenha um índice de massa corporal abaixo dos 18,5, começa a estar abaixo de peso. No entanto, as pessoas podem ter anorexia estando dentro do seu peso normal. Há muitas pessoas que são magras e que estão naturalmente abaixo do peso, mas tentamos sempre que isso não aconteça”. No entanto, perdas de peso exageradas num curto espaço de tempo, atividade física em excesso ou uma tendência para uma atenção desmesurada à alimentação, são indicadores de potenciais distúrbios na perceção e autoimagem.

Por isso, a Dra. Bárbara Oliveira considera que 90% da recuperação e cura da anorexia depende do acompanhamento psicológico, juntamente com um plano alimentar equilibrado, que inicialmente não tenha muitas calorias, mas que progressivamente seja adaptado e enriquecido, para manter o doente no processo de recuperação de peso e de saúde. À partida, um plano de alimentação com muitas calorias seria mais indicado, mas como este é um distúrbio, em grande parte, psicológico, é preferível fazer uma progressão lenta nos hábitos alimentares, acompanhada de tratamento psicológico.

Se acha que pode estar no caminho da extrema magreza, previna situações mais graves futuramente, reavaliando o seu comportamento alimentar.

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